domingo, 11 de outubro de 2009

Martim-pescador-grande


Ave da família Alcedinidae sendo no Brasil a maior espécie. Também chamado de Ariramba-grande ( PA. ), Matraca ( RS. ), Caracaxá.

Apresenta 3 subespécies:

  • Megaceryle Torquato Torquato.
  • Megaceryle Torquato stictipennis.
  • Megaceryle Torquato stellata.

Características

Mede 42 cm. pesando 305 a 341 g. Maior espécie da família no Brasil. Bico grande ( 8 cm. ), às vezes com matizes encarnadas; partes superiores azuladas; garganta e pescoço brancos; macho com peito e abdome ferrugíneos e a fêmea com peito azulado e uma estreita faixa branca logo abaixo e abdome ferrugíneo. Macho imaturo semelhante à fêmea.


martim-pescador-grande macho

martim-pescador-grande fêmea

Alimentação

Alimenta-se preferentemente de peixes que são visualizados de um poleiro alto, em geral, próximo às coleções de águas limpas. Ao localizar a presa, mergulha sobre ela e, após a captura, retorna ao poleiro; com o peixe entre as maxilas provoca-lhe a morte, batendo-o contra uma superfície dura. Na ausência de um poleiro de observação junto à água, podem pairar no ar “peneirando” como fazem, por exemplo, alguns gaviões. Em períodos chuvosos, as águas tornam-se turvas, dificultando a visualização dos peixes e, conseqüentemente, prejudicando as pescarias, o que leva o leva a incluir insetos na dieta. Alimenta-se também de pequenos répteis, batráquios e caranguejos.


martim-pescador-grande se alimentando

Reprodução

Nidifica em barrancos ou rochas. Vivem aos casais na época da reprodução. O casal se reveza na execução de longas galerias tortuosas, de um a dois metros de comprimento onde são postos de dois a seis ovos, arredondados e de um branco puro, diretamente no substrato. O casal reveza-se a cada vinte e quatro horas na incubação. Em média os ovos eclodem em 22 dias. Os filhotes nascem nus e cegos e abandonam o ninho em 35 dias.

Hábitos

Encontrado próximo a rios, córregos, lagunas, lagoas, açudes, manguezais e orla marítima. É mais comum em áreas abertas e em rios caudalosos e grandes lagoas. Porém não se adapta a lagos represados de hidroelétricas do sul e sudeste, normalmente desprovidos de barrancos onde nidifica ou talvez pela turgidez das águas represadas e pela ausência de poleiros nas margens desmatadas. Pousa sobre troncos secos e pedras à beira d'água, em árvores altas, em fios e moirões. Vive a maior parte do tempo solitário. Passa de ilha em ilha, aparece em pequenas poças que descubra durante seus longos vôos; chega a sobrevoar serras e cidades, executando migrações locais na Amazônia. Voz: Penetrante “kwát” que trai a espécie de longe; ao voar repete este grito a intervalos regulares; “tchat-jat-jat” ( daí o nome “matraca” ); “égä…”

Distribuição Geográfica

Ocorre do México à Terra do Fogo, toda América do Sul. Status de conservação: LC ( IUCN ).


Ocorrências registradas no WikiAves

Referências

  • Ornitologia Brasileira - Helmut Sick.
  • Aves do Brasil, Uma Visão Artística - Tomas Sigrist.
  • Omar Ramos Borges.

Galeria de Fotos

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Detalhar som


Classificação Científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Coraciiformes
Família: Alcedinidae
Rafinesque, 1815
Espécie: M. torquata
Nome Científico
Megaceryle torquata
(Linnaeus, 1766)
Nome em Inglês
Ringed Kingfisher

Fotos | Sons

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